“Ciência que se dedica ao estudo dos oceanos e zonas costeiras sob todos os aspectos, desde a sua descrição física até a interpretação de seus fenômenos, de sua interação com os continentes e com a atmosfera, e os processos de atuação nestes ambientes.”
A Oceanografia, incluída na grande área das Ciências Exatas e da Terra, é a ciência que se dedica ao estudo dos oceanos e zonas costeiras sob todos os aspectos, desde a sua descrição física até a interpretação de seus fenômenos, de sua interação com os continentes e com a atmosfera, e os processos de atuação nestes ambientes. É uma ciência multi, inter e transdisciplinar, requerendo conhecimento geral e integrado de matérias como biologia, física, geologia, matemática e química.
A aplicação destes conhecimentos faz do Oceanógrafo um profissional de formação técnico-científica direcionada ao conhecimento e à previsão do comportamento dos oceanos e ambientes transicionais sob todos os seus aspectos, capaz de atuar em diversas atividades, a partir de uma visão integrada na investigação, no uso e na exploração racional de recursos marinhos e costeiros renováveis e não-renováveis.
A Oceanografia moderna se preocupa com uma grande variedade de assuntos, tais como a modelagem de processos físicos e subsídio às previsões climáticas, a investigação de novos recursos alimentares e energéticos; o diagnóstico, o controle e a mitigação da poluição, a conservação e recuperação de ambientes naturais e seus recursos, a adequação de obras e atividades humanas ao ambiente marinho, o desenvolvimento de tecnologias e estratégias para a melhoria das atividades de cultivo, extração e beneficiamento do pescado, entre outras.
O setor público – principalmente universidades e órgãos federais, estaduais e municipais vinculados à temática ambiental – representa importante parcela do mercado de trabalho do Oceanógrafo. No setor privado, empresas que atuam na aquicultura e na pesca, na engenharia oceânica e na prospecção e produção de petróleo e gás, têm as oportunidades mais promissoras de trabalho. ONGs e instituições ligadas a projetos de conservação e proteção da biodiversidade, também são opções.
Ações governamentais, tais como o Plano Setorial para os Recursos do Mar (PSRM) da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) e o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) reconhecem a necessidade de promover a incorporação dos recursos do mar à realidade sócio-econômica brasileira. O conhecimento e a utilização racional desses recursos do mar e da zona costeira são fundamentais para que nosso país possa alcançar patamares superiores de desenvolvimento, a abertura de novas oportunidades de exploração e investimentos e garantir a qualidade de vida da população e a proteção dos ecossistemas. Tais fatos, por si só, evidenciam uma tomada de consciência da importância da Oceanografia em nível nacional.